Os nerds do YouTube se chamam Steve Chen, de 28 anos, e Chad Hurley, de 29. Eles trabalhavam no site de pagamentos eletrônicos PayPal, que pertence ao site de leilões eBay. Tiveram a idéia de criar o YouTube depois de tentar enviar por e-mail alguns vídeos de uma festa. A irritação de ver as caixas postais travadas devido ao tamanho excessivo dos arquivos resultou num arroubo criativo: em vez de enviar os vídeos, por que não colocá-los num site? Foi um sucesso. Em agosto, o site teve 72 milhões de visitantes no mundo. É um exemplo acabado da web 2.0, aquela em que o conteúdo é fornecido pelos próprios usuários. No Brasil, segundo uma pesquisa do Ibope/NetRatings, a audiência foi de 2,6 milhões de pessoas em julho. Mas a compra do YouTube pelo Google é repleta de desafios. Se não há dúvidas que o site é um fenômeno de audiência, os especialistas têm sérias restrições à viabilidade jurídica e ao modelo de negócios do YouTube.
Até o mês passado, o YouTube tinha 100 milhões de vídeos catalogados. Praticamente a metade desse conteúdo é formada por trechos de programas de TV e filmes. Esse conteúdo foi capturado e colocado no site pelos internautas. Mas ninguém garante que eles pediram a autorização dos donos dos vídeos. "Isso se chama pirataria", afirma um executivo de uma empresa de software. Para muitos analistas, isso pode comprometer o futuro do site. "Só um idiota compraria o YouTube", disse Mark Cuban, bilionário americano que investe em dezenas de empresas de internet. A declaração foi dada 11 dias antes da compra do YouTube pelo Google. "O YouTube será processado até a extinção."
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