O maior negócio da web 2.0
O Google, sobrevivente da primeira onda da internet, comprou o YouTube, símbolo da nova geração de sites participativos. E já está fazendo acordos para torná-lo lucrativo
Uma brincadeira que circula na internet diz que o slogan do Google, "Não faça o mal", está fora de moda. Ele deveria ser mudado para "Não faça o mal. Mas tente dominar o mundo mesmo assim". A piada não tem muita graça, mas ganhou força na semana passada. O Google deu um importante passo para cumprir a missão que prega em seu site, de "organizar a informação do mundo e torná-la universalmente acessível e útil". Comprou o YouTube, um dos maiores fenômenos da internet nos últimos tempos, por US$ 1,65 bilhão. Saiu na frente de concorrentes como Yahoo!, Microsoft e News Corp. Os três assediavam o YouTube.
Para uma empresa que ainda não estabeleceu um modelo para ganhar dinheiro, o YouTube saiu caro. Mas o potencial de ganhos justifica a compra. Para o Google, o risco vale a pena. Só nos seis primeiros meses deste ano, o Google acumulou US$ 4 bilhões em caixa. No último trimestre, lucrou quase US$ 1 bilhão. "Para eles, foi dinheiro de pinga", afirma Marcelo Sant'Iago, diretor da agência MídiaClick, especializada em marketing pela internet.
O Google existe há apenas sete anos. Vale mais de US$ 100 bilhões na Bolsa de Valores dos Estados Unidos. Mas nunca teve um desempenho que chamasse a atenção no mundo dos vídeos pela internet. Nos EUA, o YouTube tem quase a metade da audiência dos sites de vídeo. E quatro vezes mais que o Google Vídeo, o terceiro do ranking, atrás do MySpace Video. "O YouTube é o vencedor desse mercado. Por isso, o compramos", disse Eric Schmidt, presidente do Google.
O YouTube foi criado em fevereiro de 2005. Sua história é mais uma variação do clássico roteiro de empreendedores do Vale do Silício: dois nerds da Califórnia constroem um site na garagem de casa, vendem a idéia a investidores ávidos por inovação e inauguram uma nova onda na internet. Foi assim com o Yahoo!, criado em 1995 por Jerry Yang e David Filo, e com o próprio Google, nascido em 1999 pelas mãos de Sergey Brin e Larry Page.
fonte - revista epoca
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